Na bagagem trazia muitos beijos e abraços para distribuir pelas residentes que aqui se encontram, bem como uma vontade enorme de “conjugar” o melhor que sei, os verbos amar, servir, sorrir e ouvir.
Aqui esperavam-me várias actividades de animação, acompanhamento pessoal e de grupo, passeios com as residentes, dentro e fora da Residência, bem como o dever de contribuir em momentos de oração e outros. Tudo coisas que me dão prazer e alegria!
Jamais esquecerei o nosso passeio do dia 13! Fomos aos Valinhos, Loca do Cabeço e Calvário Húngaro.
Ainda visualizo os preparativos para a partida. Muita agitação e ansiedade por parte das residentes; preparavam-se os chapéus e as cadeiras de rodas que deviam ser usadas pelas senhoras e tudo se concentrava no hall da receção.
A carrinha chega e todas se preocupam em ir para dentro dela o mais rápido possível. Os olhos brilhavam mais que nunca! “já chegou” diziam. Pelo caminho admiravam a paisagem, que para algumas era desconhecida.
Nos Valinhos ofereceram o passeio a Nossa Senhora, rezaram e cantaram na Loca do Anjo; no Calvário Húngaro rezaram o terço e apreciaram os grupos de estrangeiros que rezavam fervorosamente.
A hora do lanche foi uma festa! Comeu-se, beberam-se sumos e até se cantou. Uma maravilha! “Gostei tanto de ir ao campo e de recordar tudo isto”- disse a ir. Bernardete. Mas houve outros testemunhos “ gostei muito porque raramente dou passeios e gosto de apreciar a paisagem.
Mas não gravei só as imagens do passeio. Recordo também as manifestações de ternura e afeto de todas as pessoas residentes, irmãs, técnicas e trabalhadoras.
Tudo está em sintonia! No “ cantinho” residencial respira-se amor, amor, amor.
Parto com a consciência de o partilhar e, se trouxe uma “mala” carregada dele, levo três.
No “dar é que se recebe”. Eu dei e recebi muito mais! Por isso, a Ir. Rosa tenha muita paciência, vai ter-me cá mais vezes, se Deus deixar e achar que mereço tal graça.
Para todos um beijo ternurento da
Balbina
(Voluntária)